Entao, ultimo dia 16 fez exatos dois meses que eu cheguei no Canada! Quando eu lia nos blogs que eu acompanhava as pessoas falando que o tempo aqui some, eu achava que era charminho, mas realmente ele some! Principalmente quando se trabalha em outra cidade e se leva 1h30 pra ir e 1h30 pra voltar kkkkkkkk
Mas então, a rotina ja existe! Estou cada dia mais familiarizada com a cidade e cada dia mais apaixonada e mais certa de que imigrar foi a melhor decisão da minha vida! No entanto, com o passar do tempo, você vai formando seus conceitos e opiniões.
Algumas coisas me encantam, outras nem tanto, outras simplesmente eu observo.
O que eu adoro?
Em primeiro lugar eu adoro a minha independencia aqui. Adoro poder trabalhar e, por menor que seja o meu salario, eu gosto de poder me sustentar. Eu adoro a liberdade de poder andar na rua, falar no celular, levar meu notebook no onibus sem medo. Eu adoro poder perceber a mudanca das estacoes do ano. Eh muito interessante notar a neve indo embora, a grama querendo, ainda que timidamente, ficar um pouquinho verde depois de dois dias de chuva. adoro poder curtir os dias de sol sem ficar mal-humorada pois estou morrendo de calor. Adorei a neve. Adorei o frio. Gosto do multiculturalismo (em parte). Adoro a limpeza (relativa, depois explico por que) da cidade. Adoro a noite em Toronto, adoros as opcoes de diversao que a cidade oferece. Adoro passear no lago. Adoro o clima de filme hollywoodiano que eu sinto andando aqui. Adoro poder falar ingles o tempo todo.
adoro as oportunidades que o governo cria para os imigrantes. Gosto da maneira como o governo trata as pessoas e como nao vejo diferenca se voce eh imigrante ou canadense. Adoro a educacao do canadense, no dia-a-dia e no transito. Adoro o preco das coisas aqui. A-DO-RO!!!!! Estou adorando o fato dos dias terem comecado a durar mais. Muito interessante. Antes eu saia pra trabalhar no escuro e voltava pra casa no escuro. Agora eu saio e ja esta clareando e chego em casa as 7 p.m e ainda esta claro como se
fossem 4 p.m em Recife. Acho hilario o curto-circuito que da no cerebro em relacao a lingua. Estou trabalhando em um call center... Trabalho falando em ingles/portugues o tempo todo, e as ligacoes sao aleatorias. Entao chega uma hora que o cerebro comeca a dar Tilt. Ja aconteceu de eu virar pra um colega brasileiro e fazer uma pergunta em ingles, ele responder em ingles e a gente continuar a conversa em ingles sem a menor necessidade, como aconteceu de eu estar indo para casa, passar pelo guardinha que fica na porta, que eh do leste europeu, e sair com um `tchau, boa tarde e bom fim de semana`. Ele riu e respondeu bye bye hahahahahahaha A tosca!!!
Mas nem tudo sao flores e tem algumas coisas que eu nao adoro kkkkk
Por exemplo, eu detesto brasileiro frustrado que vem pra ca, nao se da bem por algum motivo (geralmente incompetencia, acomodacao ou incapacidade de se adaptar ao pais) e vive - eu disse VIVE - maldizendo a vida e falando mal do canada, dos canadenses e de quem gosta do canada. Por que a CULPA eh do Canada. DE-TES-TO! #VOLTaPRacASa
Nao gosto de notar,por exemplo, que os bairros onde as ruas sao sujas sao os bairros de imigrantes, e que sempre que voce ouve um carro buzinando feito louco eh imigrante. Acho estranho o fato de que algumas pessoas se propoem a morar em outro pais e nao se dao ao trabalho de se adaptar a cultura local e resolvem reproduzir o seu país natal aqui ignorando os costumes e a cultura daqui.
Outra coisa BIZARRA eh a quantidade de gente que se mata o metro! Em dois meses o metro ja parou 4 vezes comigo dentro. Uma foi uma suspeita de começo de incendio em uma das estacoes e a outras tres foram devido a "personal injuries". Aff Dai para tudo, sao colocado onibus substituindo a rota do metro, so que na superficie, e eh uma confusao, pois para acomodar a quantidade de gente que estava no metro em onibus assim de ultima hora, pense!!!
Pois é! E a vida segue! Continua mara e melhorando!!
Para terminar deixo voces com um texto de um colunista do Metro Toronto. Sem querer cuspir no prato que comi, mas tá muito boa! Estou comecando a ficar um pouco irratada com essa rixa Quebec-resto do Canada. Mas nao vou falar sobre isso aqui para nao polemizar!
E vao perdoando a falta de acentos, pois escrevi esse post no PC do Trabalho.
Glowing hearts rise in Quebec
Paul Sullivan
www.metronews.ca/toronto
One of the most underreported stories coming out of the Olympics is, to my mind, one of the most important.
Two separate polls indicate a remarkable increase in the glow of the hearts of the people of Quebec.
Leger Marketing reports that 79 per cent of those polled in Quebec said they have “a stronger sense of pride in Canada” when they watch Canadian athletes ascend to the podium.
And Ipsos-Reid reports that 63 per cent of Quebecers now call themselves “Canadian nationalists.”
Whoa!
If these numbers hold up, Alexandre Bilodeau and Joannie Rochette have saved Canada! A relatively cheap $6-billion investment has succeeded where all that torturous hand-wringing, all that interminable Meech Lakeing and Charlottetowning, failed.
We probably shouldn’t expect Quebec to replace “Je me souviens” with “Go Canada Go!” on licence plates, but it is more than nice to think that the “nation” of Quebec is back in the bosom of its family.
Many of the sour grapes thrown at Quebec from the “Rest of Canada” can be attributed to hurt feelings. They rejected our language, our culture, our Mounties, after we went to all that trouble to take up poutine. But now that Quebec has become, apparently overnight, a hotbed of Canadian nationalism, all is forgiven. Vive la différence!
The separatists have been reduced to a hard core of malcontents. Even Lucien Bouchard, the bête noir of the separatist nightmare, has lost his enthusiasm for the sovereignty project, sidelining it with a Gallic shrug as a losing game. 'Maybe later,' he thinks.
Another poll, taken by the Association of Canadian Studies in Montreal, shows that only 29 per cent of Quebecers support the idea of a separate Olympic team for Quebec, but 65 per cent reject the idea.
This is a huge vote for Canada from a place that has been lukewarm at best. You could put it down to a short burst of enthusiasm to be followed by another interminable decade of bleak interactions. But what if the people of Quebec are tired of those things that separate us and are ready to become part of something bigger, more inclusive, more multicultural, less medieval?
This fashionable patriotism is really the first expression of a new generation of Canadians united, not by language, not by race, not by creed, but by the remarkable idea of a nation where we are all free to celebrate our heritage, yet also free to create a new identity that liberates us from things such as language laws and timeworn boundaries.
And somewhere between 63 and 79 per cent of Quebecers are ready, at last, to be free.