Tatiana Nascimento
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Pode ser o encanto da neve. Quem sabe a educação dos nativos. Ou a assistência médica gratuita. Ou ainda um salário anual de R$ 70 mil (para os iniciantes).
O "baixo índice de violência" foi justamente um dos motivos que levaram Karolina Britto a tentar o visto neste ano. Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press |
Amanhã, quem está pensando em mudar de país deve ir até a EduCanadá - Feira Oficial de Educação do Canadá, que será realizada a partir das 14h no hotel Recife Palace, em Boa Viagem. Na segunda e na terça haverá palestras explicativas no Teatro Valdemar de Oliveira e na hotel Best Western Manibu. "Por ano, nós recrutamos cerca de 50 mil trabalhadores do mundo inteiro, sendo mil brasileiros. O Recife é nossa segunda maior cidade de recrutamento no país. O brasileiro normalmente se adapta muito bem. É uma mão de obra muito qualificada", diz Soraia Tandel, diretora do escritório de imigração em São Paulo.
O Québec tem um problema demográfico grande. A taxa de natalidade é baixa e, por isso, falta mão de obra especializada para os setores de serviço, indústria, pesquisa e desenvolvimento. Há vagas para praticamente todas as áreas profissionais. Soraia Tandel conta que a busca é por jovens de até 35 anos. Mas os mais velhos não devem desanimar. Eles também podem conseguir o visto. Diploma de nível técnico ou universitário é fundamental, assim como pelo menos dois ou três anos de experiência. Cerca de 80% da população do Québec descende dos franceses e o conhecimento da língua é regra. Se não tiver nível intermediário, melhor nem tentar.
No site da imigração (www.imigracao-quebec.ca) é possível avaliar as chances de ser selecionado. O questionário está em francês, claro. Detalhe importante: o programa não oferece emprego, mas o governo auxilia o imigrante na busca por uma colocação no mercado. Por isso, quem vai tem que ter uma poupança para se garantir por pelo menos três meses. O processo de imigração demora cerca de um ano. O profissional já sai do Brasil com visto de residente permanente (após três anos, se quiser, pode solicitar cidadania e passaporte canadenses). O imigrante tem assistência médica universal e gratuita, escola para filhos, além da promessa de baixos índices de violência urbana.
O "baixo índice de violência" foi justamente um dos motivos que levaram a jornalista Karolina Britto a tentar o visto neste ano. Ela conseguiu. Deve seguir para o Canadá em março. "Sempre tive essa ideia de morar fora do país", diz a jovem de 26 anos, que no ano passado ficou um mês por lá estudando francês. Karolina pensa em seguir trabalhando com jornalismo. Ela já tem amigos morando e trabalhando no Québc. Um deles, que atuana área de tecnologia da informação, conseguiu propostas de emprego apenas duas semanas depois de desembarcar. "Será uma vida nova e o governo de lá dá todo o apoio". Au revoir, Karolina.
Fonte: Diário de Pernambuco
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